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No último dia 31 de agosto, completou-se quatro anos do golpe de Estado, travestido de impeachment, que apeou o governo da presidenta Dilma Rousseff. Neste dia, o Senado Federal decidiu por 61 votos a favor e 20 contra afastar, definitivamente, Dilma do poder, acusada de ter praticado “pedaladas fiscais”. Diante da dificuldade de provar este crime, muitos parlamentares defenderam o afastamento da presidenta pelo “conjunto da obra”, como se essa figura jurídica constasse na Constituição. Depois do golpe, o Brasil só regrediu: foi aprovada a lei do teto de gastos e a flexibilização das leis trabalhistas; Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil e foi aprovada a reforma da previdência, dentre outros retrocessos. Para mobilizar a população contra o governo de então, utilizou-se a retórica de que o Partido dos Trabalhadores mergulhou o Brasil na lama da corrupção, além de ter quebrado a economia do país. Mas será que a preocupação dos golpistas era mesmo com o avanço da corrupção e com a crise econômica? Como se deu mesmo o processo de impeachment? Qual foi o papel da operação Lava Jato? Quais os interesses que estavam em jogo? Como o poder econômico colonizou o poder político? Quem de fato financia a corrupção no Brasil? Para começar a buscar as respostas para essas e outras perguntas, a Dica da Aroeira sugere o filme-documentário Democracia em Vertigem da cineasta brasileira Petra Costa, disponível na plataforma da Netflix. Vale a pena assistir este documentário, que é um verdadeiro registro histórico de um dos momentos mais dramáticos da história política do Brasil. Aliás, este documentário foi indicado ao Oscar deste ano de 2020, muito embora a grande mídia brasileira deu pouca repercussão, será por quê? Fica a dica.