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Em “Detachment”, que aqui no Brasil recebeu o título de “O Substituto”, Adrien Brody é o professor do Ensino Médio Henry Barthes. Apesar de ser um bom professor, o Sr. Barthes prefere trabalhar nas escolas como substituto, pois assim não criará vínculo com ninguém e com nenhuma instituição de ensino. Ocorre que ele não consegue ser um sujeito indiferente; pelo contrário, ao ser convidado a trabalhar numa escola pública, encontra alunos violentos, cheios de problemas, e professores e funcionários desmotivados. Em suas aulas de literatura incentiva seus alunos a problematizarem suas próprias existências. É como se dissesse a eles que a vida é, fundamentalmente, um vazio e que o real pesa; porém, não há escapatória: ou dotamos nossa existência de sentido, ou sucumbimos diante do peso de uma existência inautêntica e sem engajamento. Com problemas familiares, Henry Barthes terá que lidar com três mulheres que entram em sua vida, descobrindo, quem sabe, que qualquer ato existencial pressupõe responsabilidade. De fato, como dizia Sartre, “se a existência precede a essência e se quisermos existir, ao mesmo tempo que construímos a nossa imagem, esta imagem é válida para todos e para toda a nossa época. Assim, a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, porque ela envolve toda a humanidade”. Reflita essas palavras assistindo “O Substituto”, que está disponível na plataforma do YouTube. Fica a dica!