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Fotografia: Joyce Souza / Modelos: Amanda, Jeniffer, Jessica e Ana |
Nesta quarta-feira, 23/12/20, foi lançado o projeto “EmpreteSer” no canal da Aroeira Comunica no Youtube. Segundo Joyce Souza, idealizadora do projeto, “EmpreteSer” “traz, principalmente, a autoestima negra”, em especial, a autoestima da mulher negra. Um projeto que discute “a força do povo negro”, defendendo sua autoestima e sua história.
Idealizado em meio às várias pandemias sociais que assolam o Brasil e o mundo, sobretudo, o racismo e o preconceito, o projeto "EmpreteSer" contou com a contribuição e participação de jovens modelos da cidade de Remanso/BA: Jeniffer Pereira, Amanda Maria Silva, Ana Cicilia Pereira, Jéssica Arcanjo, Daniela Souza, Paloma Pereira, Anne Vitória Dias, Geovana Pereira e Valéria Souza, que também se envolveu na edição das fotos, juntamente com Joyce Souza. As fotografias foram realizadas por Vitor Ribeiro e Joyce.
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Fotografia: Vitor Ribeiro / Modelos: Geovana, Paloma, Valéria, Daniela e Anne |
A live
abordou vários temas, passando pela discussão sobre engajamento, racismo,
estética negra, apropriação cultural, empoderamento e autoestima. Uma das
convidadas da transmissão foi Valéria Souza. Para ela, o “EmpreteSer” valoriza
e enaltece a beleza da mulher negra em um país no qual ser mulher não é fácil e
ser mulher negra é mais difícil ainda. Ela disse também que sua participação no
projeto foi uma “oportunidade de resgatar essa minha identidade como mulher
preta e me empoderar”.
O projeto
“EmpreteSer” nos recorda que “há várias maneiras de interromper a existência de
uma pessoa. Mas talvez a mais excruciante delas seja arrancar a existência de
sua identidade. Silenciar vozes pretas não deveria ser uma agenda comum - a
luta continua para que todas possam ser escutadas, em suas singularidades, para
enriquecer nosso debate e conhecimento. O racismo acontece de várias maneiras,
do mais escondido ao mais escancarado”.
Ademais, afirma que “compreender o racismo no Brasil não é uma questão de partido, mas de entender nossa história. Essas terras foram criadas em cima do suor e sangue de índios e negros, escravizados de maneiras abruptas. Compreender que nosso país vive as mazelas do preconceito social, racial e de gênero não é posicionamento político”.
Por fim,
sugere que “precisamos tomar 2020 como lição de que todos os nossos problemas
foram expostos ao ridículo e o rombo da nossa sociedade ficou aparente”.
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