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Diversos e Livres
Por Ivânia Freitas*
Levanto
da cama ou fico mais um pouco? Coloco, ou não, açúcar no café? Que roupa eu
visto? Não há como escapar, tudo exige escolha. Viver é escolher, consciente ou
inconscientemente.
Você já
parou para pensar que as escolhas que fazemos refletem o que acreditamos
merecer? Ainda que isso não seja claro para muitos de nós, as nossas escolhas
têm a ver com o que desejamos para nós mesmos e sempre estão ligadas à relação
que temos conosco, com nossa autoestima, com o auto amor, com o valor que nos
damos.
Sei que
essa afirmativa, de certa forma, é dura de aceitar. Mas, as pessoas com as
quais nos relacionarmos, a profissão que exercemos, os amigos que fazemos, os
filhos que decidimos ter ou não ter, viver com alegria ou com tristeza, com
esperança ou pessimismo, ter um prefeito ou um presidente competente ou insano,
tudo é uma questão de escolha.
Tem gente
que passa a vida culpando os outros por viver como vive, culpa os pais, os
filhos, os irmãos, o chefe, o marido, a esposa e até o universo por não ser o
que gostaria de ser! Mas, a verdade é que somos nós que decidimos como andar e
cada passo que damos produz uma série de consequências que alteram o curso da
vida no plano individual e coletivo.
Até
quando preferimos não tomar uma decisão sobre algo que nos parece difícil,
estamos fazendo uma escolha. A omissão é uma escolha e ela também traz
consequências com as quais temos de arcar. Escolher é deixar algo e ganhar
algo. Não escolher, também. Às vezes as consequências são reversíveis, mas nem
sempre.
A
sociedade, como ela se estrutura e se organiza, é a síntese desse conjunto de
decisões e omissões, escolhas que fazemos à luz do que trazemos como
referências, objetivos e que afetam o presente e futuro de todos. As escolhas
criam a realidade e nela, possibilidades e limites que colocamos para nós
mesmos.
Se
olharmos por esse prisma, ao invés de gastarmos tanto tempo da vida, reclamando
do que estamos passando, talvez fosse mais viável olhar com mais cuidado para
nossas escolhas, lembrando que nada do que vivemos é fruto do acaso (ao menos
eu acredito), mas de decisões que tomamos ao longo da vida.
Como
vivemos em sociedade, as nossas escolhas se cruzam com outras escolhas,
coincidem, se somam, divergem e, nesse “confronto”, há necessidade de fazer
outras escolhas, tomar outras decisões, seja para seguir com os objetivos
traçados ou para refazê-los.
Contudo, há duas coisas importantes que eu gostaria de ressaltar nessa prosa de hoje, a primeira é que não há realidade permanente, se somos nós que escolhemos a direção da vida, tudo pode ser alterado (e para melhor). Segundo, se nos amamos de verdade precisamos fazer escolhas com consciência do que elas trazem de volta para nós. Faz-se fundamental aprender a olhar com zelo para nós mesmos e identificar onde nos equivocamos nas escolhas que fizemos até aqui.
É certo que o passado não é retocável, mas para cada circunstância presente, há um novo caminho. Nós merecemos o melhor e isso deve ser a nossa bússola no âmbito individual e social. Portanto, concluo esse prosa, dizendo que devemos ser corajosos e recusar, sem medo, tudo que não nos traga felicidade em dose alta. Afinal, aceitar uma vida medíocre é também uma escolha, e essa não deve ser a nossa opção, jamais!
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