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Imagem/Wikipédia |
Sempre
ouvimos coisas do tipo “bom mesmo é ser criança” ou “não deixe a criança que
mora em você morrer”. A vida de criança parece ser fácil quando nos deparamos
com o “crescer”. Pensando nessas questões, a dica de hoje é um filme bastante
especial.
Lançado
em 2012, “Meu Pé de Laranja Lima” é uma icônica adaptação do livro homônimo
infanto-juvenil de José Mauro de Vasconcelos, que foi publicado em 1968 e se
tornou um grande sucesso. Com direção de Marcos Bernstein, o filme, assim como
o livro, conta a história de Zezé (João Guilherme Avilá), um garoto de seis
anos que vive com seus pais e seus 4 irmãos no interior de Minas Gerais. Zezé,
como criança que é, vive aprontando, como dizem, “tem o diabo nos coros” e em
decorrência do seu comportamento vive apanhando, as vezes até demais. Apesar de
tudo, é um garoto esperto, criativo, contador de histórias e possui um coração
bom.
A situação de Zezé se assemelha a de milhares de crianças brasileiras. De família pobre, seu pai desempregado há tempos, sua mãe trabalha fora e quase não fica em casa, e, assim sendo, é cuidado por seus irmãos mais velhos e cuida do seu irmão mais novo. Vivendo numa dura realidade, de abuso e negligência, encontra na sua imaginação uma via de escape. No seu quintal adota um pé de laranja lima e faz dele seu bom e fiel conselheiro. Nas suas estripulias, conhece Manoel Valadares (José de Abreu), o Portuga, um senhor rico que vive sozinho na pequena cidade, de quem se torna um “inimigo/amigo”.
O filme é uma verdadeira obra de arte. Ao juntar o real com o imaginário, equilibra a poesia e a dor. Apresenta as relações humanas nas suas variadas formas e mobiliza nos espectadores, não o sentimentalismo barato, mas a essência sutil e melancólica de uma boa história dramática. Crianças são humanas e sentem como tal e, talvez, seja isso que o filme queira dizer. Assistam, chorem e se comovam com essa bela história. Fica a dica!
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