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Imagem/Wikipédia |
Diversos e Livres
Por Ivânia Freitas*
A
conversa de hoje é sobre espanto. Estou espantada, confesso. Mas, como não
haver espanto diante do que vemos ao nosso redor?
Para cada
lado que olhamos, alguém perdeu alguém ou alguém se foi. Para cada lado que
olhamos há dor, incerteza, tristeza, ansiedade, desolação. Há mortes espalhadas
em todos os cantos.
Há os que
perderam suas vidas, os que perderam seus empregos, os que perderam sua
dignidade. Quando não se morre de doença, se adoece pela falta de perspectiva
que, pouco a pouco, mata nossos sonhos. Como não haver espanto diante do caos
ao qual chegamos?
Só os indiferentes não se espantam; só os que perderam a sensibilidade não se espantam. Do meu espanto eu tiro centelhas de indignação que é a arma para enfrentar o desencanto. Da indignação busco as brechas de luz lançadas no empenho dos cientistas para achar uma vacina, na coragem dos governadores que enfrentam a tirania, na determinação e entrega dos profissionais de saúde que doam suas vidas para salvar outras vidas. Neles e nelas eu encontro a ESPERANÇA.
Não tenho dúvidas que a hora do levante chegará e venceremos a tirania que nos adoece e que nos mata. Tiranos do mundo, ouçam as palavras de Maiakoviski: "as ameaças e as guerras havemos de atravessá-las, rompê-las ao meio, cortando-as como uma quilha corta as ondas".
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