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Nas
profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha
e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Ocorre então um acidente.
E para sempre suas vidas estarão ligadas — a ponto de uma precisar ser a voz da
outra.
Numa trama conduzida com maestria e com uma prosa melodiosa, o romance (publicado em 2019) conta uma história de vida e morte, de combate e redenção, narrando a vida dos trabalhadores rurais de Água Negra, uma fazenda na região da Chapada Diamantina, interior da Bahia. Os trabalhadores de Água Negra (quase todos negros, descendentes dos escravizados libertos havia poucas décadas) não recebiam salário, apenas o direito de construir casebres de paredes de barro e telhado de junco e cultivar roças no quintal quando não estivessem plantando e colhendo cana-de-açúcar e arroz nas terras do patrão. Só ganhavam algum dinheiro quando vendiam na feira a abóbora, o feijão e a batata que cultivavam no quintal ou quando conseguiam a aposentadoria rural.
Escrito por Itamar Vieira Junior, Torto Arado já está entre as grandes obras da nossa literatura, garantindo ao baiano de Salvador, o Prêmio Jabuti de melhor Romance Literário e o Prêmio Oceanos de Literatura, ambos em 2020. "Tudo em 'Torto Arado' é presente no mundo rural do Brasil. Há pessoas em condições análogas à escravidão", destaca o autor. Leitura necessária! Fica a dica.
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