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Imagem/Amazon |
“o que defendo neste livro é o direito de que a
mulher escolha a aparência que deseja e o que ela deseja ser, em vez de
obedecer ao que impõe as cortinas do mercado e a indústria multibilionária da
propaganda”
Essa frase faz parte da introdução do livro “O Mito
da Beleza”, de Naomi Wolf, lançado em 1991, no auge da chamada Terceira Onda do
Feminismo.
O que seria “O Mito da Beleza” que Wolf apresenta
em seu livro? Para a autora, a beleza feminina é entendida como uma qualidade
fundamental que atribui valor às mulheres numa escala vertical e estimula a
competição entre as mulheres e entre homens, que lutam pelas mais “belas”.
Esse aspecto da “beleza da mulher” ultrapassa a aparência e se desdobra também no comportamento feminino. É imposto às mulheres, a partir do mito da beleza, o corpo perfeito, a melhor postura, o não envelhecimento, a excepcionalidade. Tudo isso afeta as mulheres em diversas frentes. Dentro do trabalho é exigida a “Qualificação de Beleza Profissional”, fugir desse estigma é, ainda hoje, um empecilho para se desenvolver profissionalmente.
Além do trabalho, o mito da beleza afeta as mulheres dentro da cultura, da religião, do sexo. É um potencializador das violências sofridas pelas mulheres, que são cobradas a todo tempo pela perfeição. Em tempos de Instagram, selfie, lipoaspiração, botox, preenchimentos labiais, etc., na busca da imagem perfeita, "O Mito da Beleza" nos mobiliza a pensar quem somos e quem realmente queremos ser. Mulheres não precisam se cobrar o corpo perfeito, a foto perfeita ou a vida perfeita. Conhecer, aprender e amar suas especificidades, sem imposições, são uma arma na luta contra o patriarcado! Fica a dica.
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