No dia 28 de junho, comemora-se o Dia Internacional
do Orgulho LGBTQIA+. A data, que tem como um dos objetivos conscientizar a
população sobre a importância do combate ao preconceito e à intolerância e
reforçar a necessidade da inclusão como a única saída para um mundo melhor e
mais justo, é uma referência àquela que ficou conhecida como “Rebelião de
Stonewall”, ocorrida em Nova Iorque, nos Estados Unidos, em 1969, numa época em
que a homossexualidade era considerada “distúrbio mental”.
Em 28 de junho de 1969, no bar Stonewall Inn, gays,
lésbicas, travestis e drag queens enfrentaram policiais, que rotineiramente promoviam
batidas e revistas humilhantes em bares classificados como “gays” de Nova Iorque,
e iniciaram uma rebelião que é considerada o marco do movimento pelos direitos
LGBT nos Estados Unidos e no mundo. A partir de então, o debate ganhou o
público e as ruas.
O documentário “Stonewall Outload”, de 2010, narra
a história que lançaria as bases para o movimento. Fica a dica!
No Brasil, em que pese avanços importantes como o
reconhecimento da união civil entre pessoas do mesmo sexo e a criminalização da
homofobia e da transfobia, a luta segue sendo urgente. De acordo com o
relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Transgêneros e Intersexuais (ILGA), o Brasil ocupa o primeiro lugar nas
Américas em quantidade de homicídios de pessoas LGBT e, pelo 12º ano
consecutivo, é o país que mais assassina transexuais no mundo.
Relatório da Acontece Arte e Política LGBTI+ e do
Grupo Gay da Bahia aponta registro de 237 mortes violentas de pessoas LGBT no
Brasil em 2020: 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%).
Só na última semana, dois crimes chocantes
repercutiram no noticiário nacional: no dia 23, em Embu das Artes, na Grande
São Paulo, um jovem foi assassinado quando se preparava para cortar o cabelo numa barbearia; e no último dia 24, no Recife, uma mulher trans foi queimada viva no Cais de Santa Rita.
O preconceito e a intolerância não podem ser
normalizados. Numa época em que os direitos conquistados a tanto suor e sangue
estão cada vez mais ameaçados, é preciso mobilização de toda a sociedade contra
as mais diversas formas de violência contra a população LGBTQIA+.
Neste dia histórico, o canal Aroeira Comunica no YouTube apresenta mais um debate importante no quadro “Diálogos”. Com o tema “Diversidade”,
o canal apresentará, às 20h, conversa com Valéria Saraiva (Coordenadora do
Coletivo Famílias Pela Diversidade), Renildo Barbosa (Coordenador do CPDD
LGBTQIA+ / SJDHDS) e Kaio Macedo (Coordenador de Políticas LGBT da Secretaria
de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Governo da Bahia).
Participe!
E não esqueçamos: o respeito ao outro fortalece o orgulho de ser quem se é. AMAR É MAIS!
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