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“Quando
Nietzsche chorou” filme de 2007, baseado no livro homônimo do escritor Irvin D.
Yalom, é a dica da Aroeira desta sexta-feira. O longa é uma ficção que imagina
o encontro entre Josef Breuer e Friedrich Nietzsche. O primeiro foi um famoso
médico austríaco, que escreveu, com Sigmund Freud, o livro “Estudos sobre a
histeria”, central para o desenvolvimento do método da associação livre da
psicanálise. Aliás, o pai da psicanálise também participa desse drama dirigido
por Pinchas Perry. O segundo, o grande filósofo do século XIX, que com seus
aforismos e escritos destronou vários ídolos e ideias do pensamento filosófico
ocidental tradicional.
Do
encontro dos dois, surge uma instigante conversa e análise sobre o real do
amor. Dele brota também uma sincera amizade, que, de tão verdadeira, faz o
filósofo, mergulhado na solidão dos incompreendidos pelo seu tempo, se
emocionar. É o amor que fez com que Nietzsche se apaixonasse por Lou Salomé,
uma psicanalista famosa, e Breuer se envolver com uma de suas pacientes, a
icônica Anna O., descrita no livro sobre a histeria acima citado. Cuidado para
não confundir ficção literária com a realidade dos fatos. Lembrando que, da
ficção, extraímos sempre algo de verdadeiro. Se o filósofo procura o médico
para se curar de suas fortes dores de cabeça, o médico se deixa “analisar” pelo
filósofo. São os primórdios de desenvolvimento do método da cura pela fala. O
percurso seguido pelos dois fará Nietzsche concluir que “amamos desejar mais do
que amamos o objeto de nosso desejo”. Esse é o real do amor. Fica a dica!
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