Por Ivânia Freitas*
Era
primavera de 2014. Havia saído de casa para caminhar ao final do dia e
deparei-me com um cenário fantástico! De um lado, um amarelo estonteante se
estendia pelo céu, passando por cima de algumas casas, como se escolhesse onde
queria estar. Uma outra parte da paisagem estava tomada por uma sombra cheia
gotículas que anunciavam uma leve chuvinha que logo começou a bater suavemente
no meu rosto.
Para
completar aquela experiência ímpar, havia um arco-íris que se formava logo à
frente em lado oposto ao 'escolhido' pelos raios amarelados do sol. Ele era
longo e misturava-se com o cinza brilhante das nuvens, produzindo um efeito
ímpar na paisagem. Era como estar dentro de uma pintura que misturava traços
firmes com suavidade em uma única tela.
Meu desejo, lembro-me bem, era de ajoelhar e agradecer a Deus por nos presentear com tanta delicadeza e beleza, mesmo em tempos tão 'indiferentes'. Depois daquela experiência, nunca mais deixei de apreciar o pôr do sol, de admirar os contornos distintos que se desenham ao final de cada dia como presentes para os olhos e para a alma.
"Porque
a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos
os filósofos e de todos o poetas."
(Alberto Caeiro)
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