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A “Guerra do Fogo” é a dica da Aroeira para este final de semana. Filme de 1981, dirigido pelo diretor Jean-Jacques Annaud com roteiro de Anthony Burgess, autor do livro Laranja Mecânica. O tema central é a saga de um grupo de hominídeos em busca do fogo, que, na época do paleolítico, foi fundamental para garantir a sobrevivência dos seres humanos. Com ele era possível se proteger do frio, afugentar os animais, cozinhar os alimentos, etc. A tecnologia do fogo foi tão importante para o desenvolvimento da espécie humana que existe um famoso mito grego que retrata a importância do domínio do fogo para o nosso processo de evolução: o mito de Prometeu, titã que roubou o fogo dos deuses para dá-lo à humanidade, irritando Zeus, que o puniu com a tortura eterna. A fúria de Zeus decorre do fato de que, com o fogo, os humanos não seriam mais dependentes dos deuses.

No entanto, a “Guerra do Fogo” traz também outros elementos fundamentais para a nossa compreensão a respeito da evolução. No filme, aparecem quatro grupos diferentes, sendo que somente um deles possuía a técnica de produção do fogo. Esse grupo ocupa, portanto, um nível acima na escala evolutiva, pois depende menos das intempéries da natureza. Seu sistema linguístico, aliás, é mais complexo e já conseguia associar o sexo à reprodução. Ademais, o filme mostra que certas atitudes nossas, que a gente acredita que são naturais, como o riso, são, na verdade, aprendidas socialmente. Por fim, o filme apresenta uma bela história de amor. Fica a dica!