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A dica de
leitura da Aroeira para esta semana é o livro “Pedagogia da autonomia” do
patrono da educação brasileira Paulo Freire, que no dia 19/09/21, se vivo,
completaria cem anos. O livro é dividido em três capítulos (Prática docente:
primeira reflexão; Ensinar não é transferir conhecimento e Ensinar é uma
especificidade humana) em que Freire apresenta os “saberes necessários à
prática educativa” transformadora. Retomando temas que desenvolveu em obras
anteriores (a primeira publicação de Pedagogia da autonomia foi em 1996), ele
mostra que a autonomia pressupõe a ética e o respeito à dignidade e se realiza
no interior de relações intersubjetivas. Ademais, a autonomia é uma condição
para que a “curiosidade epistemológica” seja despertada, atributo de toda pessoa
humana que assume a vocação ontológica do Ser mais.
“Mais do
que um ser no mundo, o ser humano se tornou uma presença no mundo, com o mundo
e com os outros. Presença que, reconhecendo a outra presença como um ‘não eu’,
se reconhece como ‘si própria’. Presença que se pensa a si mesma, que se sabe
presença, que intervém, que transforma, que fala do que faz mas também do que
sonha, que constata, compara, avalia, valora, que decide, que rompe. E é no
domínio da decisão, da avaliação, da liberdade, da ruptura, da opção, que se
instaura a necessidade da ética e se impõe a responsabilidade. A ética se torna
inevitável e sua transgressão possível é desvalor, jamais uma virtude”, afirma
Paulo Freire. Fica a dica!
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