![]() |
Imagem/YouTube |
Por Ivânia Freitas*
Eu fiquei
bastante impactada com o documentário da TV Brasil 247 “Bolsonaro e Adélio -
Uma fakeada no coração do Brasil”. A produção do jornalista Joaquim de Carvalho
fez o caminho investigativo que, aparentemente, a polícia federal não traçou
para investigar e elucidar ao povo brasileiro o episódio da suposta facada que
Jair Bolsonaro sofreu em 2018, à época candidato à presidência da
república.
O
jornalista estabeleceu uma análise cuidadosa e apontou a rede de pessoas
envolvidas no episódio deixando às claras uma enorme quantidade de evidências
que abrem pistas que colocam em xeque a conclusão da justiça.
Dentre os
elementos que chamam a atenção, diz respeito ao encontro de um dos filhos de
Bolsonaro com o estrategista da campanha de Donald Trump, bem como dos filhos
do “rei” (do gado) serem sócios do mesmo clube de tiro que Adélio Bispo, o
acusado. Consta ainda nesse item, que um dos filhos de Bolsonaro esteve com
Adélio no mesmo dia nesse clube, embora em entrevista para a Rede Globo a
responsável pelo clube tenha mentido sobre o fato. Ela não mencionou ainda que
Adélio, servente de pedreiro que vivia em quarto de pensão precário onde o
banheiro era de uso coletivo, pagou o treinamento no tal Clube 38 à vista e
antecipado.
Os
familiares fazem denúncia de que o perfil que se atribuiu a Adélio no Facebook
havia sido alterado e dentre as denúncias mais graves está o fato de o advogado
que o representou não ser conhecido da família e ter sido pago por um doador
anônimo.
Em um
trabalho de pesquisa detalhado, o jornalista mostra o perfil do advogado de
Adélio que, dentre as defesas que se destacam, tem-se o acusado do assassinato
da missionária Dorothy Stang e o goleiro Bruno. Fica a pergunta: quem pagou o
advogado? Com qual interesse? A quem serviu sua defesa?
A família de Adélio Bispo diz que o advogado nunca entrou em contato e, como ele foi transferido para outro estado, não sabe de notícias de suas condições atuais no presídio.
O
documentário também destaca e desmonta a narrativa que circulou na grande
imprensa de que o acusado Adélio era ligado à grupos políticos da esquerda e
isso se confirma no depoimento do seu sobrinho que diz que o tio tinha perfil
mais parecido com os defendidos por Bolsonaro e era filiado a um partido de
direita.
Os fatos
são chocantes, especialmente por várias pessoas ligadas ao episódio terem
morrido abruptamente de infarto, de algumas estarem proibidas de falar sobre o
caso e, dentre as questões mais intrigantes, a promoção de cargo que os
seguranças do então candidato Bolsonaro receberam logo após sua ascensão à
presidência. Certamente foram premiados por terem atuado tão bem nessa trama
policial digna de Oscar e que levou o Brasil a tempos tão sombrios!
Confiram
aqui o documentário na íntegra!
0 Comments
Postar um comentário