Imagem/Globo Filmes

A dica da Aroeira para esse final de semana é o filme “Doutor Gama” do diretor Jeferson De e roteiro de Luiz Antônio.

O filme inicia mostrando um diálogo de Luiz Gama com sua mãe, Luiza Mahín, mesmo sem ser citada, figurando entre uma das principais referências da luta antirracista da história brasileira. A trama enfoca na biografia de Luiz Gama; vale lembrar que o primeiro advogado preto nasceu na Bahia (1830) e radicou-se em São Paulo, onde faleceu em 1882, sem ter visto o fim da escravidão seis anos depois, em 1888.

Luiz Gama estreia nas redes com uma boa produção, com atores importantes, tais como Zezé Motta e Clara Choveaux, sem deixar de mencionar as excelentes atuações de Pedro Guilherme, Angelo Fernandes e Cesar Mello (representando Luiz Gama na infância, juventude e fase adulta, respectivamente). Em contrapartida, senti falta da participação de Luiz Gama nas aulas de Direito da USP, que só veio reconhecer seu trabalho esse ano, rendendo-lhe o título de Doutor Honoris Causa. Ressalto também que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reconheceu sua atuação como um devido advogado em novembro de 2015. Demoraram tanto...

Por fim, queria apontar para a importância do filme em relação à atuação de uma das figuras mais importantes da história brasileira, marcado na história por defender aqueles que eram explorados pela condição da sua raça e cor. Para aquele que, entre outras palavras, se eternizou como o patrono da abolição da escravidão do Brasil, através da Lei nº 13.629. Fica adica!

Por Matheus Rodrigues (@mtrodrigues96), professor de História, Sociologia e Filosofia.