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As mais recentes pesquisas eleitorais confirmam que, ao que tudo indica, a disputa para a presidência do Brasil, neste ano de 2022, ficará polarizada entre a candidatura de Lula e a do atual presidente, Jair Bolsonaro. A chamada terceira via não consegue decolar.

A vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018 conduziu ao governo brasileiro a liderança de extrema-direita mais popular do país. Seu governo busca realizar, na área econômica, uma política neoliberal radical de desmonte do que resta do Estado de Bem-Estar Social. Ao mesmo tempo, do ponto de vista ideológico e moral, Bolsonaro apresenta-se como um líder conservador.

Em um país que tem como seu principal problema a desigualdade social, um governo de extrema-direita, conservador e neoliberal representa o pior dos cenários, pois inviabiliza a adoção de políticas de reconhecimento, redistribuição e representação, gerando mais pobreza, miséria e desigualdades.

Dessa forma, debater e mostrar à população a ameaça que essa agenda neoliberal e conservadora, capitaneada pela extrema-direita, representa, ao mesmo tempo que apontar saídas para a sua superação, deveria ser o compromisso do campo democrático-popular. Nesse sentido, para aqueles e aquelas que se interessam em conhecer mais a ideologia conservadora, a dica da Aroeira recomenda a leitura do artigo de Jamerson Murillo Anunciação de Souza, “Edmund Burke e a gênese do conservadorismo”. Neste texto, o autor apresenta uma síntese do pensamento de Edmund Burke, que é reconhecidamente considerado a matriz ideológica do conservadorismo. Fica a dica!