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Por Yolanda Souza*

Reconhecer o que não conheço se faz possível através de um olhar criterioso pelo passado e também pelo presente.

Entretanto, para que esta construção aconteça de fato não cabe apenas a imaginação. Narrativas, objetos, cheiros e sabores são alguns dos elementos básicos para nos transportar para esta máquina do tempo. Nossa memória cultural se faz a partir destes fragmentos que necessariamente precisam ser preservados de forma acessível, para que possamos despertar, especialmente nos mais jovens, uma consciência crítica, de valorização e apropriação das memórias que compõem sua cultura.

As histórias que contam a História se revelam em cada peça, em cada receita, em cada modo de fazer, ao longo de dias, meses, séculos. Muitas pessoas são responsáveis pelas modificações do espaço onde vivem. E estas pessoas que vieram antes e viveram de modos diferentes, ao preservarem sua memória cultural, influenciam os novos costumes e o surgimento das novas ferramentas necessárias às demandas atuais que culminam com o desenvolvimento e ampliação da civilização.

Segundo Paulo Freire, "o homem enche de cultura os espaços geográficos e históricos". 

Sendo assim, penso que ele conheceu dona Mariza Muniz e a descreveu de forma incontestável nesta frase.

Nossa bucólica Remanso se curva a esta grande mulher.

Salve, Mariza Muniz!

Salve, o Museu do Sertão Antônio Coelho!


* Comunicadora popular.