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O governo
de Bolsonaro é marcadamente de extrema-direita. Ele se apoia em dois pilares:
conservadorismo e neoliberalismo. Ou seja, pretende articular numa mesma agenda
ideias conservadoras com a política econômica neoliberal. Em um país
estruturalmente desigual, como é o caso do Brasil, esse arranjo governamental é
o pior dos mundos, porque favorece a manutenção das estruturas injustas e o aprofundamento
das desigualdades.
Existem
afinidades que aproximam a ação política de extrema-direita do conservadorismo
e do neoliberalismo. Uma das táticas utilizadas pela extrema-direita para
promover essa aproximação é mobilizar o medo, o ódio e o ressentimento da
população, em especial dos setores médios da sociedade. O objetivo seria
convencê-los de que as pautas da esquerda dedicadas à ampliação dos direitos
sociais, ao questionamento e superação das estruturas de injustiça e a presença
de um Estado forte e indutor do desenvolvimento são prejudiciais à classe
média.
A dica da
Aroeira recomenda a leitura do livro do cientista político João Pereira
Coutinho “As ideias conservadoras explicadas para revolucionários e reacionários”.
Coutinho é um intelectual conservador bastante conhecido no Brasil. Ele
escreveu artigos para o jornal Folha de S. Paulo. Em As ideias conservadoras...
o autor expõe de maneira clara e erudita as ideias conservadoras, apresentando
o conservadorismo como uma ideologia posicional que se coloca na defesa das
tradições e das instituições todas as vezes que elas são ameaçadas pela
inovação revolucionária ou reacionária. Para ele, ao negar a ordem vigente,
revolucionários e reacionários se igualam. A diferença é que, enquanto os
primeiros negam a realidade que existe em nome de um futuro desejado, os
segundos, desejam o retorno a um passado idealizado. Por fim, Pereira Coutinho
mostra que existem afinidades entre as ideias conservadoras e as ideias liberais
e neoliberais. Fica a dica!
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