![]() |
Imagem/Blog de Gilberto Dias |
Atualizar
a Paixão e Morte de Jesus na Cruz é identificar as estruturas e compreender as
causas que levaram o Nazareno a terminar seus dias aqui na terra crucificado no
Gólgota.
É também
tomar consciência de que uma morte tal cruel na cruz é consequência imediata da
mensagem profética de Jesus, que tanto incomodou dos poderes instituídos.
Por fim,
se Deus nos ama e por isso enviou Seu Filho ao mundo e se Jesus morreu na cruz
para nos salvar, a razão é simples: o Deus da vida tem um projeto de vida
plena, o Reino de Deus; com a chegada de Jesus, o Reino ficou próximo (no
sentido de que está por vir e no sentido de que Jesus é o Reino); no Reino de
Deus, os pobres, excluídos, oprimidos e marginalizados são protagonistas na
luta por justiça; os poderosos se sentem ameaçados pelo projeto do Reino, por
isso perseguem seus promotores; portanto, a salvação consiste em assumir as
causas do Reino, seguindo os passos de Jesus.
A
salvação, que é libertação e graça de Deus, subverte as estruturas promotoras
de morte, dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos, eleva
os humildes, enche de bens os famintos e despede os ricos de mãos vazias,
liberta os presos e oprimidos e recupera a vista dos cegos.
Projetos
e ideologias políticas que tem o pobre como centralidade e a justiça social
como meta estão em conformidade com o Reino de Deus. Lideranças e governantes
que atuam, incessantemente, para melhorar as condições de vida da população
pobre e marginalizada são promotores do Reino aqui na terra. Militantes,
intelectuais e religiosos que denunciam as estruturas que excluem e segregam e
lutam em favor de novas estruturas, que apontam para a justiça e a igualdade,
comungam dos valores do Reino.
A
Sexta-feira Santa é, portanto, um momento oportuno e profundo para se pensar e
refletir sobre o sentido da morte de Jesus. Para ajudar nessa reflexão, a dica
da Aroeira para este final de semana sugere a leitura da dissertação de mestrado
de Francisco Valter Lopes, “O sentido da morte de Jesus de Nazaré”. Fica a
dica!
0 Comments
Postar um comentário