![]() |
Imagem/Revista Cult |
Reflexões e Coisa e Tal
Por Herbet Fabiano*
A nossa
reflexão de hoje traz informações preocupantes.
316: esse
é o número de pessoas LGBTI+ mortas em 2021 em decorrência de causas violentas,
de acordo com levantamento do “Observatório de Mortes e Violências contra
LGBTI+”, que reúne organizações da sociedade civil.
Os
homossexuais masculinos ocuparam o primeiro lugar no ranking de mortes de LGBTI+,
somando 51% dos casos. Os grupos seguintes foram travestis e transexuais
(36,67%), lésbicas (4%), bissexuais e homens trans (1,33%), uma ocorrência de
pessoa não binária e um heterossexual, este último confundido com um gay. O
Nordeste foi a região onde mais pessoas LGBTI+ foram vítimas de morte violenta,
com 35% dos casos, seguido do Sudeste (33%). Os dados foram coletados e
analisados pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), baseados em notícias publicadas nos
meios de comunicação.
Um dos
casos de homicídio por homofobia registrados no ano passado foi o de Gabriel
Carvalho Garcia, de 22 anos, morto a tiros no momento em que foi cortar o
cabelo, em um salão no bairro Embu das Artes, em São Paulo. O registro da
ocorrência policial aponta que o criminoso se aproximou da vítima, que estava
de costas e sentado na cadeira da barbearia, e atirou pelo menos três vezes na
cabeça do jovem. Encapuzado, o suspeito fugiu sem levar nada da vítima ou do
salão.
Em que
pese alguns avanços, a carência de políticas públicas de combate às mais diversas
formas de violência que vitimam diariamente a população LGBTI+ ainda é latente.
O
Programa Atena, que é uma realização da Aliança Nacional LGBT em parceria
técnica com o Grupo Arco-Íris e com o apoio institucional do Fórum Nacional de
Gestores e Gestoras da Política Pública para População LGBT, a Associação da
Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo e o Grupo Dignidade e com o financiamento
do Fundo Positivo LGBTQIA+, divulgou na última sexta-feira (20/05/2022) a
parcial de dados de uma pesquisa realizada pelo Programa junto aos governos
estaduais e Distrito Federal no que diz respeito às políticas públicas voltadas
para a população LGBTI+.
Os pedidos
de informações foram encaminhados no final de março para todos e, até o momento,
apenas 12 estados responderam integralmente as solicitações da pesquisa. São
eles: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de
Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. De
acordo com a nota técnica divulgada, neste momento, não estão sendo avaliados o
conteúdo e a qualidade das repostas, apenas a totalidade da solicitação. O
prazo para envio das respostas é até 31 de maio. Acesse o link e saiba mais.
A
participação de todos os estados é importantíssima, entre outras coisas, para
ajudar a diminuir esse apagão de dados nas políticas LGBTI+. Precisamos cobrar
dos gestores informações acerca dessas ações. Estejamos atentos e atuantes!
* Comunicador popular.
0 Comments
Postar um comentário