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Imagem/UOL Economia |
Existe
uma relação entre a eleição de Bolsonaro em 2018 e o golpe de 2016, que
derrubou a presidenta Dilma Rousseff, da mesma forma que há uma relação entre o
golpe de 2016 e as manifestações de rua que começaram em junho de 2013. A esse
respeito, afirma o sociólogo Jessé Souza: “existe uma linha clara de
continuidade entre as glorificadas e midiaticamente manipuladas manifestações
de junho de 2013, as assim chamadas ‘jornadas de junho’, e o golpe de abril de
2016”. Por isso que, para ele, os eventos de 2013 são o ovo da serpente que
viabilizou a construção da “base popular” necessária ao golpe de 2016.
De 2013
até 2018, o mote que mobilizou as manifestações de rua contra o PT foi o fim da
corrupção, que supostamente teria se institucionalizado nos governos Lula e
Dilma. O antipetismo tornou-se, portanto, um mal que deveria ser urgentemente
varrido, ou melhor, extirpado do Brasil. Ora, como Bolsonaro, naquele momento,
incorporou o discurso anti-corrupção e antipetista ele criou as condições para
vencer as eleições. Porém, isso apenas foi possível porque as instituições, em
especial o STF, e a mídia corporativa brasileira avalizaram os abusos cometidos
pela operação Lava Jato, que foi conduzida pelo ex-juiz lesa-pátria Sérgio
Moro. Trocando em miúdos: Jair Bolsonaro é produto de uma distorção do processo
eleitoral de 2018.
Em um
ambiente no qual as instituições se comprometem em promover a normalidade do
processo eleitoral (e é isso que elas estão tentando fazer neste momento) a
derrota de Jair Bolsonaro parece ser carta marcada e questão de tempo. Todavia,
a pergunta que fica é: como tantos, durante tanto tempo (2013-2018), foram
enganados por tão poucos? E mais: como evitar um novo engano? Esses
questionamentos, evidentemente, são direcionados aos arrependidos de terem
votado em Bolsonaro e apoiado a operação Lava Jato e Sérgio Moro. Os
bolsonaristas raízes, esses flertam com o fascismo.
Muitos se
engaram talvez por falta de conhecimento. Uma ignorância de tal magnitude que
conseguiu fazer com que muitos eleitores/as de Bolsonaro em 2018 acreditassem
que estavam votando em um enviado de Deus, cuja missão era a de purificar a
nação, que tem Deus acima de tudo, da corrupção. Para ajudar essas pessoas a
não cometerem o mesmo erro, a dica da Aroeira para esta segunda-feira recomenda
assistir aos quatro episódios do podcast “A vida secreta de Jair”, da jornalista
Juliana Dal Piva, que você acessa ao clicar aqui, aqui, aqui e aqui.
Sugestão:
assista um episódio por dia e vá refletindo os dados e informações apresentados
em cada episódio. Fica a dica!
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