Foto: Jairo Goldflus

Reflexões e Coisa e Tal

Por Herbet Fabiano*

O nosso espaço rende homenagens à Sérgio Vaz que, no último dia 26, comemorou 58 anos de idade.

Conhecido como o Poeta da Periferia, Vaz nasceu em 1964 em Ladainha, interior de Minas Gerais, e foi criado na periferia da zona Sul da cidade de São Paulo, onde deu início a um movimento que transformou em centro cultural, um bar da região, onde acontece o Sarau da Cooperifa (Cooperativa Cultura da Periferia), criada pelo poeta, escritor e agitador cultural.

Autor do projeto “Poesia Contra Violência”, que percorre escolas públicas da periferia de São Paulo (SP), Sérgio Vaz tem oito livros publicados, entre eles Subindo a ladeira mora a noite (1988), A margem do vento (1991), A poesia dos deuses inferiores (2005) e Cooperifa Antropofagia Periférica (2008).    

A arte de Sérgio Vaz marca e mexe demais este que vos escreve, de modo que poderia destacar vários de seus textos, reflexões ou poesias, no entanto, para finalizar esta singela homenagem trago uma reflexão que foi publicada esta semana em sua rede social e que, mais do que um nó na garganta, as poucas linhas que seguem nos atravessam a alma...

As Calçadas

duras e frias da cidade

são cobertas por um tipo

de tapete estranho.

É tão estranho que a gente pisa,

mas não vê: gente.

(sergio vaz)


* Comunicador popular.