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19 de agosto é o Dia Nacional do Historiador. A data foi instituída a partir do Decreto de Lei nº 12.130, de 17 de dezembro de 2009.

19 de agosto foi escolhido para homenagear os historiadores porque nesse dia nasceu, em Pernambuco, Joaquim Nabuco, que é um dos historiadores mais importantes do Brasil e um dos responsáveis pela fundação da Academia Brasileira de Letras.

A dica da Aroeira, para o início desta semana, é o livro clássico da historiografia mundial “Apologia da História: ou o ofício de historiador”, do grande historiador Marc Bloch.

Fuzilado pelos nazistas, Marc Bloch escreveu o livro de dentro da prisão (aliás, as várias citações que ele faz são retiradas de sua memória, forjada pelos longos anos de pesquisa), deixando-o inacabado. O leitor percebe isso quando, ao final do texto, vê que a escrita foi de pronto interrompida e não concluída.

“Apologia da História” está dividida em cinco capítulos (o último inconcluso). O título do primeiro é “A história, os homens e o tempo”; o segundo, “A observação histórica”; o terceiro, “A crítica”; o quarto, “A análise histórica”; e o quinto não possui título. No texto original, esse último capítulo figura em cinco folhas manuscritas.

Segundo Bloch, é da responsabilidade do historiador difundir o saber histórico de maneira que estudantes e doutos compreendam. Diz ele, na introdução do livro:

“‘Papai, então me explica para que serve a história’. Assim um garoto, de quem gosto muito, interrogava há poucos anos um pai historiador. Sobre o livro que se vai ler, gostaria de poder dizer que é minha resposta. Pois não imagino, para um escritor, elogio mais belo do que saber falar, no mesmo tom, aos doutos e aos escolares. Mas simplicidade tão apurada é privilégio de alguns raros eleitos [...] O problema que ela coloca, com a incisiva objetividade dessa idade implacável, não é nada menos do que o da legitimidade da história”. Fica a dica!