8ª Noite do Novenário de Nossa Senhora do Rosário

Entronização da Palavra/Foto: Tovinho Régis

O presidente da oitava noite do novenário de preparação para a grande festa em honra a Nossa Senhora do Rosário foi o pároco da paróquia de São Sebastião em Pau a Pique, distrito de Casa Nova/BA, padre João Borges Santos Filho. Ele fez também a reflexão do subtema: “A educação e a tecnologia são direitos de todos. Garantir seu acesso assegura uma sociedade mais justa e fraterna”. Noiteiros do dia: Carroceiros, Garis, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, SINDSERV, APLB, SASOP, IRPAA, Funcionários Públicos, Policiais, Professores, Estudantes, Área Industrial, Quadras 02 e 03.

Padre João Borges, que fez uma reflexão bastante contundente a partir da atual conjuntura brasileira, saudou a multidão presente à Praça da Igreja Matriz dando vivas a educação, a tecnologia e a ciência, que, diante dos retrocessos que veem marcando a história recente do Brasil, tornam-se verdadeiros gritos de resistência. Ele lembrou, por exemplo, que com Michel Temer (que chegou à presidência do Brasil após um golpe, frise-se), os recursos em educação, ciência e tecnologia foram congelados. E para piorar o que já estava ruim: o atual governo anunciou o corte de 2,4 bilhões na educação e de 616 milhões em Ciência e Tecnologia.

Pe. João Borges, pregador da noite/Foto: Tovinho Régis

De acordo com o pregador da noite, aquele pensamento atrasado e diabólico, que parecia ter ficado lá no passado, de que nem todas as pessoas devem ter direito à educação, parece que voltou. A ideia de que pobre não pode estudar está de volta. “Antigamente, pobre não podia estudar, não tinha direito a estudar. Educação era para os ricos e os pobres tinham que trabalhar para os ricos”, disse ele. Lembrou a fala de um ministro da Educação recente que disse que o ensino superior é para poucos. Mas, questionou Pe. João, Deus não é pai e Nossa Senhora mãe de todo mundo? “Se nós somos filhos de Deus, se somos filhos de Nossa Senhora do Rosário, como é, meus irmãos, que a gente pode cultivar e aceitar um pensamento desse, como se o pobre não fosse filho de Deus, que não tivesse o direito de estudar, de ter acesso a tecnologia, de ajudar o Brasil?”, alertou ele.

A educação e a tecnologia são direitos de todos/as, elas são os pilares que sustentam uma sociedade igualitária, justa e fraterna; por isso, é dever de cada um de nós lutar por elas, exortou padre João. Porém, vivemos, no Brasil, um tempo de negacionismo. Negação do óbvio; por exemplo, de que as vacinas salvam vidas, disse ele. Mas, garantiu padre João, Deus nos criou e nos deu sabedoria para estudar, conhecer, desenvolver tecnologias e para sermos cocriador com Senhor. Por isso, devemos resistir e enfrentar de pé as raposas que, ardilosas, traiçoeiras e mentirosas, querem prejudicar a vida dos pobres, finalizou o padre.