![]() |
Foto: Alessandra Lori / Ag. A TARDE |
Reflexões e Coisa e Tal
Por Herbet Fabiano*
Na última
semana, o nome de Margareth Menezes foi confirmado para comandar o Ministério
da Cultura do governo eleito que começará no próximo dia 1º de janeiro e, desde
então, viu-se várias reações à indicação da artista: muita gente celebrando a
confirmação do retorno da pasta após todo o desmonte ocorrido nos últimos anos,
outras manifestações favoráveis ao nome de Margareth para assumir o ministério e,
ainda, opiniões questionando a escolha do presidente Lula para o comando da cultura no próximo
período.
Observando
algumas dessas reações é possível verificar a necessidade do cuidado que se
deve ter ao opinar sobre o tema, visto que muitos dos questionamentos feitos à
indicação de Margareth para o Ministério da Cultura surgem no inaceitável
racismo que atravessa a história do nosso país.
Cantora e
compositora com mais de 35 anos de carreira, articuladora social, empresária,
empreendedora, a baiana Margareth Menezes é uma potente intelectual negra que
tem sim currículo compatível para função, além de representar a negritude do
Nordeste que ajudou (e muito!) a eleger Lula em outubro passado.
Antes da
confirmação de Margareth, correram boatos de outros possíveis nomes
para assumir a pasta, como a cantora Daniela Mercury e a atriz Marieta Severo.
Elas teriam suas competências questionadas? Por que negras e negros sempre são
questionados sobre a capacidade para ocuparem cargos de chefia? A resposta: o
racismo entranhado nas estruturas de poder.
Desejo
sorte à primeira mulher negra anunciada como ministra de Lula para o desafio de
reconstruir as políticas culturais do Brasil!
* Comunicador popular.
0 Comments
Postar um comentário