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Dia 1º de maio, dia do trabalhador/a, católicos/as do mundo todo celebram a festa de São José Operário, patrono da Igreja. Por isso, a dica da Aroeira para esta semana recomenda a leitura do livro do teólogo e escritor Leonardo Boff, “São José: a personificação do Pai”.

A tese teológica que o autor defende neste livro é a de que “São José comparece como a personificação do Pai celeste”. Afirma Boff: “São José, por ser humano como nós, possui essa disposição de ser assumido por Deus. Como o Espírito se personalizou em Maria e o Filho em Jesus, convinha que José, por ser esposo de Maria e pai matrimonial de Jesus, fosse também assumido pelo Pai [...]. A Trindade, que é a Família divina no céu, se personificou na família humana na terra. O Pai se personificou em José, o Filho em Jesus e o Espírito Santo em Maria. Toda família humana e cada ser humano foram inseridos nesse processo de personificação porque todos somos, quer o conscientizemos, quer não, irmãos e irmãs de Jesus, Maria e José. A mesma humanidade que está neles e que foi assumida pela Santíssima Trindade está também em nós. Algo, portanto, de nossa comum humanidade pertence para sempre ao Deus trino”.

Importante destacar que, segundo o próprio Leonardo Boff, o que ele fez neste trabalho, que remente o/a leitor/a a uma profunda reflexão sobre o lugar dessa personagem no plano da salvação, foi dar densidade teológica a uma intuição do frade franciscano Frei Adauto Schumaker, segundo a qual São José “é a personificação do Pai”. Frei Adauto, que viveu na cidade maranhense de Bacabal, junto ao povo abandonado, compôs um lindo paralelo à Ave Maria, cujo título é “São José meditado”:

Salve, José agraciado

Deus Pai é sempre convosco.

Vós sois bendito entre todos os homens,

Esposo santo da Virgem Maria,

Escolhido para dar entrada ao Salvador do mundo, Jesus.

São José, pai do Povo de Deus, guiai nossos passos no caminho da cruz

Até a hora de nossa morte feliz. Amém.

Fica a dica!