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“O
golpe não pressupunha a ditadura militar. Os líderes civis que o apoiaram
esperavam por eleições em 1965, como sustentava o Ato Institucional ao reiterar
que o mandato do novo presidente terminaria no dia 31 de janeiro de 1966, que
seria o último dia do período iniciado por Jânio Quadros. Entre o golpe e a
efetivação do regime militar houve um processo, relativamente breve, que
culminaria no dia 22 de julho de 1964 com a prorrogação do mandato de Castelo
Branco e o adiamento da eleição de seu sucessor para outubro de 1966. A partir
de então, ficou claro que não haveria eleições presidenciais regulares e que os
militares pretendiam permanecer controlando o poder por algum tempo. Houve
muita violência após o golpe de 1964, ao contrário do que sustentam alguns
analistas que insistem em caracterizar a derrubada [do presidente João] Goulart
como uma ação incruenta”.
Mas
houve resistência. “Os estudantes e os artistas faziam uma oposição que podemos
classificar como ‘resistência democrática’, diferentemente das iniciativas da
esquerda revolucionária, que optou por sequestros de diplomatas, assaltos a
bancos e outras ações armadas”.
Essas
são algumas citações que se encontram no livro “História do Brasil
contemporâneo: da morte de Vargas aos dias atuais”, do historiador Carlos Fico,
a dica da Aroeira desta semana.
A
escolha dessas citações é devido ao fato de que, há 59 anos, 31/03, os
militares, com o apoio de setores da sociedade civil (empresários, religiosos,
grande mídia), efetivarão um golpe para derrubar o governo do presidente
democraticamente eleito João Goulart, com o pretexto de livrar o Brasil da
ameaça comunista. Aquele dia durou 21 anos e o país fora mergulhado em um dos
momentos mais tenebrosos de sua história.
Felizmente,
o exército não irá mais comemorar o dia 31 de março. De acordo com o UOL, “o Exército Brasileiro não irá mais ler a Ordem do Dia no 31 de março em alusão ao
aniversário do golpe de 1964, como habitualmente fazia durante o governo de
Jair Bolsonaro (PL)”. Fica a dica!
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