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Reflexões e Coisa e Tal

Por Herbet Fabiano*

A última sexta-feira (05/05/2023) é uma data histórica: A OMS (Organização Mundial de Saúde) anunciou o fim da emergência de saúde pública global relacionada à covid-19. "Em três anos, a covid-19 virou nosso mundo de cabeça para baixo. Quase 7 milhões de mortes foram registradas, mas nós sabemos que esse número é bem maior e chega pelo menos a 20 milhões de óbitos", declarou o biólogo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade, durante a coletiva de imprensa.

É importante destacar que o status de pandemia será mantido porque a doença causada pelo novo coronavírus ainda se mantém em disseminação global e tem impacto relevante no número de mortes e hospitalizações, fazendo-se necessária atenção aos cuidados preventivos e à atualização da vacinação. “Entretanto, isso não significa que a covid-19 chegou ao fim enquanto ameaça global de saúde. Na semana passada, a covid-19 clamava uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes das quais nós temos conhecimento”, completou Tedros.

No Brasil, a pandemia vitimou mais de 700 mil pessoas, num montante de mais de 37 milhões de infectados confirmados e no contexto de toda a tragédia que foi a maior crise sanitária da história no país.

Em setembro do ano passado, aconteceu o lançamento de "Eles Poderiam Estar Vivos", um documentário independente, dirigido e produzido pelos irmãos Gabriel e Lucas Mesquita. Com o objetivo de mostrar como a estratégia do governo Bolsonaro durante a pandemia e o negacionismo perante a vacina são responsáveis por pelo menos metade das mortes que aconteceram no Brasil desde 2020 pela infecção por coronavírus, o filme traz depoimentos de pessoas que perderam familiares e amigos durante a pandemia da covid-19 e entrevistas de profissionais da área da saúde como médicos, epidemiologistas e pesquisadores, que relatam o desespero vivido dentro dos centros de saúde e questionam as condutas (não) tomadas por aquele (des) governo para evitar tantas mortes de brasileiros e brasileiras.

“Eles Poderiam Estar Vivos” é um documentário necessário. Assista aqui.

Não podemos esquecer! Sem anistia! Viva a ciência!


* Comunicador popular.